A
importância do Planejamento Financeiro nas Empresas
Amplamente adotado em empresas de grande porte, o Planejamento Estratégico
e Financeiro é um instrumento de gestão de elevada importância no
processo de tomada de decisões. Porém, poucos são os casos de empresas
de menor porte, principalmente as micro e pequenas empresas, que
têm como prática a elaboração e manutenção de tal planejamento.
É hora de rever esse conceito.
Mais uma vez, muitas são as desculpas: "- Isso é para grandes empresas!";
"- Será mais um custo em uma época de muitos gastos!"; "- Isso não
funciona na prática!", e tantas outras.
Porém, posso afirmar, sem qualquer medo de errar, que tudo que funciona
para as grandes empresas pode - e deve - ser adaptado àquelas de
menor porte. Quanto ao "mais um custo", digo que é, sim, um grande
investimento, que funciona tanto na teoria como na prática, se for
bem elaborado e firmemente acompanhado.
Muitas são as vantagens de sua adoção, e talvez a maior delas seja
o conhecimento antecipado de todo o orçamento de despesas e investimentos
para o período seguinte, permitindo estabelecer, de antemão, a receita
necessária para se obter a lucratividade pretendida no período a
que se refere o planejamento, o que ajuda a traçar metas e estabelecer
diretrizes de gerenciamento mais sólidas.
Ele permite, ainda, identificar situações como a necessidade de
enxugamento ou a possibilidade de expansão, a viabilidade do orçamento
para o mercado onde a empresa atua, a possibilidade de implementação
de novos projetos e os impactos de seus custos, a fixação de recursos
mínimos e máximos para planos de marketing ou reservas para investimentos
futuros, por exemplo, bem como uma série de outras situações que
não são visíveis e identificáveis nos modelos de planejamento "olhômetro"
ou "chutômetro".
Outro aspecto importante do planejamento é a possibilidade de identificação
de custos exagerados, ou até mesmo desperdícios, em determinados
itens de custos e despesas, capacitando o empresário a rever e ajustar
tais gastos à realidade de sua empresa e do mercado, incrementando,
assim, a lucratividade.
Além disso, o planejamento afasta o empresário do empirismo e o
leva para um nível de atuação e gerenciamento mais científico, mais
técnico, que certamente o permite tomar decisões mais confiáveis.
Ah! Quase ia esquecendo de outra importante característica do Planejamento
Financeiro. Com ele se torna possível saber se o investimento que
você fez na empresa está sendo bem remunerado, pois o capital social
investido também é um investimento financeiro, como um CDB ou um
CDI, que também deve ser remunerado.
Muitas vezes a rentabilidade obtida sobre esse capital está continuamente
abaixo das taxas médias do mercado financeiro, e então surgem as
seguintes questões: Será que vale a pena manter tal investimento?
Será que não é hora de reestruturar o negócio? Será que os preços
dos produtos estão compatíveis com a estrutura da empresa e com
o mercado?
Esse é justamente o propósito do planejamento financeiro, ou seja,
tornar evidente a saúde financeira da empresa para que seus administradores
possam, então, identificar pontos críticos e detectar necessidades
de ampliação ou retração, enxugar gastos, reavaliar os níveis necessários
de receita, enfim, trazer à tona os questionamentos necessários
para a continuidade dos negócios em níveis saudáveis.
Portanto, elaborar e manter um bom planejamento estratégico e financeiro
significa nada mais do que não brincar com o dinheiro da empresa,
ou seja, é assunto importante e que deve ser levado a sério!
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