Jardim Botânico - O 1º. Passo

A criação do Jardim Botânico de Petrópolis é uma atitude festejada pelos ecologistas, moradores do centro e, principalmente, pelos que desenvolvem atividades econômicas ligadas ao turismo.

É uma área de bom tamanho que será preservada; cerca de 300.000m2, o que é excelente quando se leva em consideração a escala de destruição da Mata Atlântica em Petrópolis.

Poderá ser um centro de referência nacional em termos de preservação aliado ao desenvolvimento urbano racional, pois enquanto nos países "desenvolvidos" existe uma enorme questão em torno das últimas áreas verdes próximas as cidades; aqui, esta questão é deixada em segundo plano, atropelada por questões sociais com maior impacto na mídia.

Vamos torcer para que o impacto positivo por parte do público seja o pontapé inicial para que a floresta tropical petropolitana, como um todo, ganhe do governo municipal o mesmo carinho e atenção que é dedicado ao centro histórico, aonde a Petrotur vem realizando um magnífico trabalho.

É fato que os responsáveis pelas principais áreas de preservação não-municipais que cercam a cidade (Reserva Biológica do Tinguá e Parque Nacional da Serra dos Órgãos) estão abertos para desenvolver parcerias com a PMP.

Outra área que deverá ser beneficiada com esse despertar ecológico é o Parque Municipal Serra da Estrela, que vai da torre do Morin até Magé. Creio que seria ótima idéia em termos de marketing turístico a reativação do trecho da ferrovia que ali passava e que seria um super atrativo - um passeio de trem (elétrico não-poluente, é óbvio) nas ruínas da 1ª. estrada de ferro do Brasil. Por montanhas que abrigam uma exuberante floresta e na vila antiga, que lá existe, poderia ser feito uma mini-estação de transbordo entre a ferrovia e o centro histórico.

Ou seja, um programão! Sair do Rio de barco, atravessar a Baía de Guanabara (que apesar da sujeira é linda), subir a serra de trem e visitar Petrópolis em van ou ônibus. Um espetacular programa que beneficiaria Petrópolis direta e indiretamente, pois ao beneficiar também a parte baixa da floresta, diminuiria a pressão da pobreza que agride a floresta de diversas formas.


Marcos Werneck



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